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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Conflito de culturas

(...) Nunca com a mesma harmonia do cantar dos pássaros,  mas, ainda assim, carregando uma certa dose de euforia artificial, o chilrear musicado do windows, me acorda para mais um dia.

Existia uma comunidade indígena que viviam intocados na floresta amazônica.
Conhecidos como povos limpadores, eles eram venerados e admirados por todas as tribos vizinha.
Diferenciaram e ganharam notoriedade e respeito por esta característica, nada peculiar, entre os demais povos da floresta.
Tudo o que eles tocavam, ganhava o brilho da limpeza e da higiene. Isso era qualidade, notoriedade, diferencial em nosso mundo, no deles era apenas respeito e paz.
Um dia veio da cidade alguns homens brancos, a evolução é fato inevitável, trazia na bagagem, espelhos e "cultura superior", além de hábitos superiores.
A única coisa que os indígenas hospitaleiros realmente faziam questão de oferecer  aqueles seres estranhos, era o que eles tinham de melhor. A limpeza e a higiene.
Tudo ocorreu extremamente bem, gentilezas de ambas as partes, milênios de história se juntando pacificamente. Dois povos interagindo com cumplicidade e atenção.
Na despedida, fazendo-se as devidas honras da partida, o chefe da tribo perguntou, ansioso, ao visitante mestre, o que achara de sua gente.
- Tirando a questão da limpeza e da falta de higiene, comum a povos primitivos (ar de professor) o resto é louvável.
Os povos indígenas comeram  todos eles, num ritual banhado pela luz do luar, a festa durou até o amanhecer, quando acabaram o banquete, ainda de barriga cheia, constataram que muitos, como estes, também viriam, mas, cumprindo o ritual, deixaram a oca e os arredores toda higienizada dos restos.
Pois eram sim: os povos limpadores da floresta.