Minha alma estarrecida, num silêncio mortal, necrosou, tornou-se alma de pele sem vida, gelada feito cadáver.
Agraciado pela pena que envolve o fato, descobri. O sossego da alma é o suicídio do corpo e todo o resto; Desejo, na verdade, é a compulsividade do inconvencional, pulsando aprisionado dentro de mim, igual a marteladas sequenciais, em um sino, me norteando para o desconhecido. Empurrando sem freios.
Anseio pelo desconforto viscoso da lama que banha meu corpo, despreparado para o novo que apavora, redesenhando, renovando, desbravando.
Busco a razão para me arrepender, sem ter que pedir perdão pelo impensado, rasgado ou prensado de propósito.O marasmo da alma cansada se dissipou, verdadeiramente! Agora a vida recomeça, mundana, periférica, suburbana, num ritmo frenético, surpreendente, feito erva daninha em solo fértil, igual a carros em grande metrópoles, feito gente na cochinchina ou Dollar no bolso do Bill Gates.
É minha vida! Vida minha... Que eu a tenha! Para meu conforto egoísta e a paz dos humanos cegos que agonizam ao meu lado.