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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reflexos

Ela entrou...Se colocou diante de mim.E eu ali parado.Seu semblante era calmo,percebi.E eu ali parado.Sua boca abriu-se calmamente num segundo.E eu ali parado.Você não poderia ter feito isso comigo,disse.E eu ali parado.Você sempre soube o quanto eu te amei.E eu ali parado.Você foi leviano e inconsequênte.E eu ali parado.A proximidade permitia que eu sentisse o cheiro doce de seu hálito quente,e o pulsar delicioso de sua carne firme.Tantas vezes...E eu ali parado.Fale...Grite...Xingue,mas em nome de Deus fale algo.E eu ali parado.Faça qualquer coisa,um sinal,um gesto.E eu ali parado.Por favor,então apenas diga que me ama,eu juro esquecerei tudo.Mudou o tom.E eu ali parado.Você tem cinco segundos,engraçado isso,porque é sempre cinco e não dez ou vinte segundos,sei lá;Agora estava decidida,irreconhecível.E eu ali parado.Esta porta se abrirá por ela eu passarei,e por fim,quando finalmente ela se fechar às minhas costas,não me verás nunca mais.E eu ali parado.A porta se abriu,se fechou e Eu ali parado.

2 comentários:

Maycon Cavalini disse...

axei o texto muito sutil e muito interessante.parabens

Anônimo disse...

GOSTEI----dANIEL---DE UBERABA/MG